Pesquisadores da Universidade do Oregon, na costa oeste dos Estados Unidos, iniciaram um estudo por conta do aparecimento de “picles do mar” nas praias da região. Foram encontrados 60 mil espécimes apenas com uma rede alçada durante cinco minutos no largo do Rio Columbia. Tais observações não eram comuns até ao menos dois anos atrás, já que os animais costumam viver em águas tropicais.

Os pirossomas são colônias compostas por milhares ou milhões de animais conhecidos como zoóides. Algumas das uniões entre os espécimes podem chegar aos 18 metros de comprimento. As informações são da revista The Atlantic e da NOAA Fisheries (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos – em tradução).

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Os pirossomas são colônias compostas por milhares ou milhões de animais conhecidos como zoóides (Crédito: Divulgação/NOAA Fisheries)

O animal é bioluminescente e sua luz pode ser vista a uma distância de até 30 metros. O espécime é composto pela união de zoóides que formam uma espécie de “túnica gelatinosa” com formato de tubo que é fechada em um dos lados. Seu movimento é controlado pela correnteza do mar. A alimentação do pirossoma consiste em plâncton e ocorre por meio da filtração.

Os pesquisadores acreditam que ondas quentes anormais no mar da costa oeste estadunidense alteraram os ecossistemas locais e permitiram o aparecimento dos pirossomas em maior quantidade.

Apesar de servirem como presa para baleias, golfinhos e peixes, pouco se sabe sobre seu desempenho no ecossistema. “Pirassomas consomem animais na base da cadeia alimentar e retêm essa energia. Eles estão ficando com a energia do sistema que os predadores necessitam”, afirma Lisa Crozier cientista do NOAA Fisheries e co-autora da pesquisa que estuda os animais.