Investigadores dizem que iniciaram cumprimento de mandado de prisão. Yoon Suk Yeol é acusado de insurreição por declarar lei marcial.Investigadores sul-coreanos se dirigiram a Seul para cumprir um mandado de prisão contra o presidente afastado do país na madrugada desta sexta-feira (03/01, no horário local), Yoon Suk Yeol, que foi destituído do cargo após tentativa fracassada de impor lei marcial.

“A execução do mandado de prisão contra o presidente Yoon Suk Yeol já começou”, disse o Escritório de Investigação de Corrupção, que cuida do caso.

Uma centenas de apoiadores do presidente deposto se reuniram ao redor da residência na tentativa de bloquear a ação dos agentes. A emissora YTN relatou que cerca de 2.800 policiais foram mobilizados para a ação, que ocorre sob o receio de Yoon resistir à prisão — na quinta-feira, ele prometeu “lutar até o fim”.

Segundo a agência de notícias AFP, os investigadores ainda tentam entrar na casa de Yoon. Até a última atualização desta reportagem, ele ainda não havia sido preso.

Acusação de insurreição

Na terça-feira, um tribunal de Seul emitiu um mandado de prisão para Yoon após ele não comparecer por três vezes para ser interrogado e tentar buscas em seus escritórios na capital sul-coreana.

O ex-presidente enfrenta acusações criminais de insurreição, que podem resultar até em prisão perpétua ou pena de morte. Em 3 de dezembro, declarou uma lei marcial que restringia liberdades políticas e concedia poder aos militares, suspensa por ele seis horas depois. Ele afirma que sua iniciativa foi um ato legítimo de governança.

Yoon pode se tornar o primeiro presidente em exercício a ser preso na história da Coreia do Sul. Ele é formalmente considerado presidente até que a Suprema Corte constitucional do país acate, ou não, o impeachment impetrado pelos parlamentares.

gq (DW, Reuters, AFP, ots)