Muitas pessoas associam as abelhas principalmente à produção de mel, mas a simples existência dessas trabalhadoras impacta o equilíbrio de todo o planeta. A fim de aproximar o público consumidor do universo das abelhas foi criado até um dia para elas – em 20 de maio é celebrado o Dia Mundial das Abelhas.

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A data foi estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) com a missão de fomentar a conscientização sobre a importância das abelhas e de outros polinizadores, além de sua contribuição para o desenvolvimento sustentável.

“A principal função executada pelas abelhas é a polinização, que, de maneira simples, consiste na troca de pólen entre a parte masculina e feminina da flor, o que garante a reprodução das plantas”, esclarece o doutor em tecnologia de alimentos e CEO da marca Baldoni, Daniel Cavalcante.

“Segundo a ONU, as abelhas são responsáveis por 73% da polinização das plantas cultivadas. Por meio desse serviço ambiental, elas atuam na regeneração das florestas e da biodiversidade, tendo ainda importância fundamental na alimentação humana e proporcionando a existência de muitos alimentos presentes em nosso cotidiano”, destaca.

Alimentos dependem da polinização

Boa parte dos alimentos que consumimos atualmente necessitam da polinização. De acordo com o Relatório Temático sobre Polinização, Polinizadores e Produção de Alimentos no Brasil, produzido pela Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES, da sigla em inglês) e pela Rede Brasileira de Interações Planta-Polinizador (REBIPP), as abelhas formam o maior grupo de polinizadores, representando cerca de 48% do total de espécies identificadas como visitantes florais de cultivos vinculados à produção de alimentos.

Variadas categorias de alimentos do nosso dia a dia dependem desse processo, por exemplo, frutas como acerola, maçã, maracujá, melancia e melão, vegetais diversos e grãos como soja, feijão e café, com grande valor econômico.

“A abelha social africanizada (Apis Mellifera) e as abelhas nativas sem ferrão são as mais comuns entre as polinizadoras. Apesar de desempenharem atividades essenciais para a manutenção da biodiversidade e da cadeia alimentar, cada vez mais essas espécies estão ameaçadas devido aos desmatamentos, queimadas, uso de pesticidas, agrotóxicos, aquecimento global e alterações climáticas”, alerta Cavalcante.