10/12/2018 - 18:29
Com 3.763 metros de altitude e integrante do Anel de Fogo que circunda o Oceano Pacífico, o Vulcão de Fogo, no sul da Guatemala, é um dos mais ativos do país e expele regularmente gás e cinzas. Vez por outra, sua atividade se acentua e dele saem grandes plumas de cinzas, fluxos de lava e ondas piroclásticas (corpos compostos de gás quente, cinzas e pedras) que descem por suas encostas.
No dia 3 de junho, uma de suas grandes erupções teve início, com cinzas se elevando a 15 quilômetros de altura e uma onda piroclástica com temperatura próxima a 1.000 graus Celsius que desceu a mais de 80 quilômetros por hora pelas encostas da montanha. As cinzas chegaram à capital do país, a Cidade da Guatemala, situada a 44 quilômetros a leste.
Entre as comunidades próximas ao Vulcão de Fogo, as que mais sofreram foram El Rodeo e San Miguel Los Lotes. Esta última foi soterrada pelos escombros vulcânicos. As testemunhas que conseguiram chegar ao vilarejo após o incidente relatam que o cenário lembrava a cidade romana de Pompeia, destruída por uma erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C.: havia corpos tão cobertos de cinzas que pareciam estátuas.
No dia 5 de junho, uma nova erupção provocou mais evacuações de moradores da região e suspensão dos trabalhos de busca. Foram registradas 194 mortes e 234 desaparecidos por causa da erupção, considerada a mais mortal da Guatemala desde 1929.
Em 18 de novembro a montanha “iniciou uma nova fase eruptiva”, a quinta do ano, nas palavras do porta-voz da Coordenadoria Nacional para a Redução de Desastres (Conred), David de León. A expulsão de colunas de cinzas alcançou mais de mil metros sobre a cratera e liberou grande quantidade de lava, mas não foi necessário evacuar os povoados próximos.