Um estudo do pesquisador Jack da Silva, do Departamento Molecular e de Ciências Biomédicas da Universidade de Adelaide, na Austrália, observou 164 raças de cachorro e notou os motivos de cães menores possuírem mais expectativa de vida do que os maiores. As informações são da revista Discover.

O movimento vai na contramão do que é observado em outras espécies, como elefantes e baleias, os maiores animais do mundo, que tem uma expectativa maior do que os roedores, por exemplo. Os cães da raça chihuahua vivem cerca de quatro a seis anos a mais do que os mastins.

Na análise, foram contabilizadas características como a massa corporal de animais adultos e filhotes, com que idade um espécime chega a 50% do seu desenvolvimento, tamanho da ninhada de cada raça, causa de morte e distribuição da quantidade de cães em diferentes idades.
De acordo com os estudos, a tendência para os maiores cães morrerem mais cedo se deve ao fato de esses animais são criados para terem um um crescimento rápido, o que impede o corpo de se manter ao longo do tempo. Além disso, espécimes com mais massa corporal, por terem mais células, acabam por ter mais mutações e, assim, uma chance maior de desenvolver câncer.

Muito se pergunta sobre as razões pela qual o corpo envelhece, segundo da Silva, a resposta para isso tem relação com um enfraquecimento da seleção natural. O pesquisador exemplifica que, por termos uma probabilidade maior de estarmos vivos dentro de um ano do que de dois, por conta de acidentes ou doenças, mutações genéticas tendem a nos afetar mais enquanto ainda somos jovens.

“Mutações desvantajosas tem uma probabilidade menor de serem removidas de uma população pela seleção natural se só agirem em idades avançadas”, isso, conforme o especialista, explica a permanência de características prejudiciais que aparecem apenas no final da vida.
Ainda segundo o pesquisador, isso faz com que o corpo gaste mais energia para se desenvolver o mais rapidamente possível no intuito de permitir a reprodução do que manter o corpo com a idade.