Pesquisas comprovaram que introvertidos e extrovertidos processam estímulos e retornos sociais de maneiras diferentes, o que provoca efeitos distintos na energia e bem-estar de cada uma dessas pessoas.

Para os introvertidos, festas e interações sociais excessivas, apesar de serem prazerosas em determinados momentos, podem se tornar cansativas e estressantes de forma rápida, ao contrário do que ocorre com os extrovertidos.

O que explica essa diferença?

Segundo Colin Deyoung, professor de psicologia da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, a razão para isso está na forma como o cérebro dos introvertidos responde à dopamina — neurotransmissor ligado à motivação e recompensa.

Os extrovertidos possuem um sistema de recompensa de dopamina mais ativo, que estimula a busca por interações sociais. A explicação foi dada pelo professor ao livro “The Secret Lives of Introverts: Inside Our Hidden World” (A vida secreta dos introvertidos: dentro de nosso mundo escondido, em tradução livre), de Jenn Granneman.

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Essa diferença neuroquímica também auxilia a compreensão do que faz introvertidos não se sentirem atraídos pelas mesmas “retribuições sociais”, como conexões interpessoais, com o mesmo entusiasmo que pessoas extrovertidas.

Para muitos, sejam eles extrovertidos ou introvertidos, momentos a sós não são sinais de isolamento, mas uma necessidade importante para manter o equilíbrio mental, emocional e aproveitar a solitude.

Esse olhar mais empático sobre a introversão sugere que respeitar os próprios limites e preferências sociais pode ser tão importante quanto manter laços afetivos. Mais importante do que isso, nesse perfil de pessoas, a recusa de convites para compromissos sociais nem sempre corresponde a uma rejeição pessoal.