Neurocientistas descobriram a razão por trás da reserva para a sobremesa em nosso sistema: a beta-endorfina. Por meio de testes realizados em camundongos, os especialistas perceberam que o consumo de açúcar aumenta a produção interna desse opióide endógeno, fazendo com que um sentimento de recompensa seja gerado.

A análise partiu da observação do comportamento cerebral dos ratos, após eles ingerirem uma grande quantidade de ração e ainda serem atraídos para um pote de ração com açúcar adicionado.

Os experimentos evidenciaram a produção da beta-endorfina, motivando os cientistas a entenderem se o processo se repetia na fisiologia humana. E a resposta é: sim.

+ Polvos envenenam parceiras para não serem devorados ao copular, mostra estudo

+ Astrônomos identificam fonte inédita de misterioso sinal de rádio

“Quando sentimos o gosto de algo doce, não é só o açúcar que consumimos. Ele ativa um sistema no cérebro que associa aquele sabor doce ao prazer, o que nos faz querer continuar comendo”, diz a Paule Joseph, pesquisador que estuda metabolismo no National Institutes of Health e não foi associado ao estudo.

Outras investigações também mostraram que a inibição da célula cortou a vontade dos camundongos de seguir para a sobremesa açucarada, processo similar ao que remédios de emagrecimento ou antidepressivos causam.

Apesar de ser inovador, o estudo foi feito a curto prazo e para conseguir mais informações os pesquisadores pretendem estender as experiências e análises de resultado, criando uma liga maior de dados.