16/04/2025 - 15:05
Pesquisadores da embarcação quebra-gelo RSV Nuyina, que integra a AAD (Divisão Antártica Australiana — em tradução), encontraram durante a primeira expedição ao continente gelado, que se iniciou em março, animais que raramente são vistos como porcos-do-mar, aranhas-do-mar e borboletas-do-mar, além de espécies não registradas pela ciência. As informações são da “ABC News”.
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A viagem do Nuyina é prevista para durar 60 dias e o principal objetivo é estudar os impactos das águas quentes na geleira Denman, a que derrete mais rapidamente na Antártida Oriental. Acredita-se que a massa de gelo já recuou cinco quilômetros entre 1996 e 2018, em decorrência das mudanças climáticas.
Durante a expedição, as equipes de pesquisa aproveitaram para investigar a vida no fundo do oceano marinho nas redondezas do continente gelado. Entre as espécies encontradas, estão aranhas-do-mar que podem ter o tamanho de uma mão ou de um prato.

Também foram achados porcos-do-mar, animais chamados dessa forma por terem uma coloração que remete ao suíno, mas na realidade são um tipo de pepino-do-mar já conhecido pela ciência. Pequenos crustáceos que vivem no fundo do mar chamados de isopodes também foram encontrados durante as análises.
Para “capturar” os espécimes, os cientistas desenvolveram um poço úmido projetado do navio para permitir que os seres vivos sejam coletados sem causar ferimentos ou danos.
Um animal delicado e observado durante a expedição foi a “borboleta-do-mar”, apelidada pelos cientistas de “Clio”. A espécie é similar a um caracol que flutua na água, apresentando conchas transparentes e um aparente voo, por isso o apelido que faz referência ao inseto.
A criatura pôs ovos em um dos aquários do navio, o que permitiu os pesquisadores a entender o processo de desenvolvimento desses animais pela primeira vez.
