Depois de mais de um século de população em declínio, os tigres podem estar retomando a trilha da multiplicação: o censo de 2014, divulgado em abril pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês) e pelo Global Tiger Forum, apontou 3.890 exemplares do felino no mundo. Mais da metade deles está na Índia – são 2.226. Os números começaram a cair em 1900, quando havia mais de 100 mil tigres no mundo, e no último levantamento, de 2010, foi registrada a população mais baixa: 3.200.

Esse indicador levou países e entidades conservacionistas a juntar esforços para dobrar o número de tigres até 2022, e até o ator Leonardo DiCaprio aderiu à iniciativa. Especialistas alertam que o crescimento pode estar ligado a métodos mais precisos de contagem e ao aumento no número de áreas examinadas, mas acreditam que há mesmo um viés de alta: “Mais importante que os números absolutos é a tendência, e estamos vendo a tendência indo na direção certa”, afirma Ginette Hemley, vice-presidente sênior de conservação da natureza no WWF. O principal problema que ameaça a existência dos tigres é a perda de habitat, sobretudo para a agricultura.