20/09/2019 - 17:43
A maior manifestação da história por ação imediata contra a crise do clima acontece nesta sexta-feira (20) em milhares de cidades no mundo. Cerca de 150 países tinham manifestações marcadas para essa sexta. Os atos começaram na Austrália e já aconteceram na Europa.
Na Austrália, a cidade de Melbourne reuniu 100 mil pessoas e Sydney juntou 80 mil manifestantes. No total, 300 mil pessoas se reuniram em protestos no país, no que foi o maior protesto pelo clima da história da nação.
Em Nova York, o protesto ocorreu no começo da tarde. Segundo o jornal “The New York Times”, a prefeitura da cidade estima que pelo menos 60 mil pessoas tenham participado da manifestação. O protesto contou com a participação da jovem ativista sueca Greta Thunberg, que chegou na cidade no dia 29 de agosto, depois de 15 dias navegando pelo Oceano Atlântico.
No Brasil, há manifestações confirmadas em 50 cidades. Em São Paulo, o protesto estava marcado para começar às 16h, na Avenida Paulista.
A #greveglobalpeloclima abre a Semana do Clima de Nova York, tradicionalmente organizada para coincidir com a Assembleia Geral da ONU, que ocorre na terça-feira (24). Na segunda-feira (23), o secretário-geral António Guterres realizará uma reunião de cúpula na qual vários países deverão anunciar a intenção de aumentar suas metas de redução de gases de efeito estufa no Acordo de Paris. O Brasil não está entre eles.
A greve é o ápice de um movimento iniciado solitariamente no ano passado pela adolescente sueca Greta Thunberg. Então com 15 anos, ela passou a sentar-se na frente do Parlamento sueco todas as sextas-feiras ao meio-dia com um cartaz dizendo “greve escolar pelo clima”. “Percebi que era inútil ir à escola, porque não teria futuro por causa das mudanças climáticas”, declarou.
Thunberg foi chamada a discursar na COP24, em Katowice, Polônia, em dezembro, e no Fórum Econômico Mundial, em Davos, em fevereiro. Ali ela fez um discurso duro contra a condescendência dos líderes globais ao tratar o clima e os jovens: “Eu não quero a sua esperança. Eu não quero que vocês tenham esperança. Quero que vocês entrem em pânico. Quero que vocês se sintam como eu me sinto todos os dias. E aí quero que vocês ajam”.
A greve de Greta Thunberg se transformou numa ação global a partir de março, no movimento Fridays for Future (sextas-feiras pelo futuro), que já organizou dois protestos mundiais.