Por enquanto, o recorde oficial de vida mais longa pertence à francesa Jeanne Calment, que faleceu em 1997, aos 122 anos. Mas, segundo pesquisadores americanos, essa marca será certamente superada em 2060, com a geração nascida antes de 1950. O estudo a esse respeito foi publicado na revista PLOS ONE.

Os autores do trabalho são o economista David McCarthy, da Universidade da Geórgia, e o especialista em análise de riscos e seguros Po-Lin Wang, da Universidade do Sul da Flórida. Eles analisaram dados históricos e atuais de mortalidade em 19 países desenvolvidos, como Austrália, Canadá, França, Japão, Portugal e Estados Unidos.

De acordo com McCarthy e Wang, “os recordes de longevidade aumentaram lentamente nos últimos anos”. O fenômeno é mais perceptível na faixa dos nascidos entre os anos de 1900 e 1950. Para os pesquisadores, esses indivíduos “vivem um adiamento inédito da mortalidade, mas ainda são muito jovens para quebrar recordes de longevidade”. Se o recorde de expectativa de vida humana for batido em 2060, será um feito de alguns desses indivíduos, acreditam os pesquisadores. Nesse ponto, dizem eles, os sobreviventes serão muito velhos para os padrões atuais.

Ressalva importante

McCarthy e Wang fazem, porém, uma ressalva: os nascidos antes de 1950 só terão “o potencial de quebrar recordes de longevidade existentes se as escolhas políticas continuarem a apoiar a saúde e o bem-estar dos idosos e o cenário político, ambiental e econômico permanecer estável”, afirmam. Esses objetivos devem ser preservados mesmo no caso de contingências severas como novas pandemias ou efeitos negativos das mudanças climáticas. Não parece ser um cenário claro, mas a previsão dos pesquisadores americanos certamente vai ser conferida daqui a 37 anos.