07/10/2024 - 15:55
De acordo com relatório divulgado pela OMM (Organização Meteorológica Mundial), órgão da ONU (Organização das Nações Unidas), nesta segunda-feira, 7, 2023 foi o mais seco para os rios do planeta em mais de três décadas. O documento também apontou que as geleiras sofreram a maior perda de massa em 50 anos.
Segundo a entidade, 2023 foi o mais quente já registrado e é o segundo ano consecutivo em que todas as regiões que possuem geleiras sofreram com a perda de gelo. De acordo com a organização, os ciclos hidrológicos se tornaram mais erráticos e imprevisíveis, o que pode causar enchentes e períodos de estiagem.
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Conforme a ONU, atualmente, 3,6 bilhões de pessoas sofrem com acesso inadequado à água, número que deve subir para 5 bilhões até 2050. De acordo com a OMM, 70% da água que os seres humanos retiram dos sistemas hidrológicos é utilizada na agricultura.
Ainda segundo a entidade, eventos hidrológicos extremos que ocorreram em 2023 são consequência de fenômenos como a La Niña e o El Niño, além das mudanças climáticas induzidas por seres humanos.
“Uma atmosfera mais quente retém mais umidade, o que favorece as chuvas fortes. A evaporação e a secagem mais rápidas do solo pioram as condições de seca”, afirmou Celeste Saulo, secretária-geral da OMM.
De acordo com a autoridade, a água evidencia as mudanças climáticas. “Recebemos ‘sinais de socorro’ sob a forma de chuvas, inundações e secas cada vez mais extremas que causam impactos em vidas, economias e ecossistemas”, afirma Celeste, acrescentando que o derretimento das geleiras ameaça a segurança hídrica a longo prazo. “E, mesmo assim, não estamos tomando as medidas urgentes necessárias.”