28/01/2025 - 14:34
A humanidade estaria mais perto da sua aniquilação, segundo a reinicialização do “Relógio do Juízo Final” nesta terça-feira, 28. O relógio simbólico marca atualmente 89 segundos para a meia-noite, avançando um segundo desde o ano passado. As informações são do “USA Today”.
De acordo com o Bulletin of the Atomic Scientists, o relógio, feito em 1974, foi pensado como uma metáfora para demonstrar o quão perto a humanidade está da sua destruição. Dan Holz, presidente do conselho de ciência e segurança do boletim, afirmou que o mundo está menos seguro e menos estável do que há um ano.
“Os tratados de controle de armas estão em frangalhos, e há conflitos ativos envolvendo potências nucleares”, disse. Ele ainda ressaltou que a desinformação e as teorias das conspirações são “multiplicadores de ameaças”.
O que é o relógio?
O relógio originalmente servia para medir o perigo de desastre nuclear. Porém, nas últimas duas décadas, outras três áreas foram adicionadas: mudança climática, inteligência artificial e desinformação.
Atualmente, o relógio marca 89 segundos para a meia-noite e, segundo Holz, isso é um indicativo significativo sobre os perigos que o planeta enfrenta. “Estamos dizendo que, dado aos acontecimentos no ano passado, não vimos nenhum tipo de progresso. Pelo contrário, em algumas áreas de preocupação as coisas pioraram. Portanto o relógio está avançando”, completou.
No entanto o cientista ressaltou que nem tudo está perdido, desde que medidas sejam adotadas imediatamente. O ex-presidente da Colômbia e membro do The Elders, Juan Manuel Santos, que “isso só acontecerá se os líderes tiverem um diálogo de boa-fé. Só teremos sucesso se agirmos como um só”.
O professor emérito de Engenharia Mecânica e Aeroespacial na Universidade de Princeton, Robert Socolow, explicou que o relógio apenas considerar fatores que a humanidade pode fazer contra ela mesma. Ainda ressaltou que o objeto foi desenvolvido durante uma época em que uma guerra nuclear parecia iminente.
Socolow disse que as ameaças atuais são diferentes, porque há atores não estatais — como terroristas e a Coreia do Norte — que não fazem parte da ordem global e podem ter acesso a armas e patógenos perigosos.