30/12/2024 - 12:46
Um novo artigo publicado no periódico British Journal of Sports Medicine indica que cai 45% o risco de problemas cardiovasculares graves em mulheres que adotam curtos momentos de atividade física intensa em suas rotinas.
Em 2022, a equipe do epidemiologista de atividade física da Universidade de Sydney, Emmanuel Stamatakis, já havia descoberto que inserir períodos curtos de movimentação intensa diminui a ameaça de morte por qualquer causa em 40%. A análise mais recente buscou entender as diferenças desse comportamento entre homens e mulheres e na categoria fixa de problemas cardiovasculares.
A investigação foi conduzida por meio da análise de 22 mil pessoas, com idades entre 40 e 69 anos, que relataram não praticar nenhuma forma de exercício em seu cotidiano. Os participantes utilizaram um dispositivo de rastreamento por uma semana e seus dados de deslocamento foram observados ao longo dos últimos oito anos.
Nos resultados, foram notados poucos benefícios para a população masculina. Na parcela feminina, de 969 mulheres que não fizeram nenhuma sessão de atividade vigorosa, 52 experienciaram algum problema cardiovascular durante os anos. Em contrapartida, as que praticaram cerca de 3,4 minutos tiveram seu risco de doenças do coração reduzido quase pela metade.
Os especialistas reforçam que apenas dois minutos ao dia de movimentação intensa pode reduzir a probabilidade de ataques cardíacos em até 33%. Por essa razão a prática deve ser introduzida na rotina de todos – o hábito pode melhorar a qualidade de vida geral da população e diminuir drasticamente os casos de insuficiência cardíaca e derrame.