Para cada um dos lados, regressaram 103 pessoas capturadas. Acordo foi mediado pelos Emirados Árabes Unidos.A Rússia e a Ucrânia trocaram 206 prisioneiros de guerra, 103 de cada lado, neste sábado (14/09), incluindo militares russos capturados pelo Exército ucraniano durante a incursão na região russa de Kursk.

“Nosso povo está em casa”, disse o presidente Volodimir Zelenski no aplicativo de mensagens Telegram. “Trouxemos com sucesso outros 103 guerreiros do cativeiro russo para a Ucrânia.”

Após a troca, o governo ucraniano divulgou fotos de militares soltos envoltos na bandeira ucraniana azul e amarela e posando para fotos em grupo em um local não revelado.

O Ministério de Defesa da Rússia também comentou a troca. “Os militares russos estão atualmente em Belarus, onde recebem a assistência médica e psicológica necessária”, disse o comunicado russo, acrescentando que eles serão transferidos para o território russo para que possam continuar sua reabilitação nas instituições de saúde das Forças Armadas.

Mediação árabe

No final de agosto, os dois lados já haviam trocado outros 230 prisioneiros de guerra, incluindo vários recrutas russos que foram capturados em Kursk enquanto cumpriam serviço militar.

Ambos os acordos foram mediados pelos Emirados Árabes Unidos.

Na última sexta-feira (13/09), outro acordo permitiu ainda que 49 ucranianos capturados pelos russos fossem libertados. O número de russos soltos não foi divulgado.

Oficiais ucranianos disseram anteriormente que suas tropas haviam capturado pelo menos 600 soldados russos durante a incursão em Kursk, e que isso ajudaria a garantir o retorno de ucranianos capturados.

Kiev e Moscou têm trocado prisioneiros regularmente desde a invasão russa em Fevereiro de 2022. Até agora Kiev conseguiu o retorno de 3.672 ucranianos.

O Exército russo lançou nesta semana uma contraofensiva em Kursk, onde as tropas ucranianas entraram em 6 de agosto, o que permitiu recuperar o controle de dez localidades.

Ambos os lados estimam que milhares de militares russos e ucranianos foram mortos nos combates na região da fronteira em pouco mais de um mês, e o presidente russo, Vladimir Putin, descartou qualquer conversa de paz com Kiev até que as tropas ucranianas tenham sido expulsas do território de seu país.

jps (EFE, ots)