04/07/2022 - 12:24
O maior reservatório hídrico já construído pelo homem sofre com a falta de chuvas e uma redução de seu nível a patamares inéditos. O lago Mead, criado nos anos 1930 a partir da construção da represa Hoover no rio Colorado, tem servido como um termômetro do impacto da crise hídrica que atinge boa parte do sudoeste dos EUA. Em algumas áreas, a profundidade do lago está a menos de 45 metros do chamado “volume morto” – ou seja, o nível a partir do qual a distribuição de água estaria comprometida.
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Curiosamente, o recuo do lago Mead tem trazido à tona itens variados que passaram décadas escondidos nas profundezas das águas. Um exemplo disso é um barco militar, usado na Segunda Guerra Mundial para transporte anfíbio de tropas, que depois serviu para transportar passageiros no lago antes de ser afundado nos anos 1960. O Guardian destacou essa notícia.
Outros itens são menos valiosos em termos históricos, mas não menos curiosos. Nos últimos meses, tornou-se comum para pescadores trombarem com objetos como carros afundados, barris e até mesmo corpos. A suspeita é de que muitos desaparecidos do entorno de Las Vegas, especialmente relacionados com crimes da máfia dos cassinos, tenham sido desovados no lago Mead nas últimas décadas. “Onde há corpos, há tesouros”, especulou um pescador a la Indiana Jones ao Washington Post. O inglês The Telegraph também explorou como essas descobertas podem reabrir casos policiais antigos até hoje sem solução.
Problemas para o turismo
Além deste lado “CSI”, a seca do lago Mead trouxe problemas para as empresas de turismo que exploram a região. Em alguns trechos, é inviável passar com barcos, o que prejudica a retomada das atividades turísticas depois da pandemia. O Wall Street Journal abordou essas dificuldades.
Em tempo: A seca também está trazendo à tona evidências históricas em outras partes do mundo. A Deutsche Welle destacou descobertas arqueológicas recentes no Iraque, Espanha, Estados Unidos e Alemanha em áreas que ressecaram nos últimos meses pela falta de chuvas.