05/06/2025 - 19:11
O Sol parece ter ganho uma “boca” com largura de cinco Júpiteres que anda jorrando baforadas quentes em direção à Terra.
Conhecido como “buraco coronal”, trata-se de uma região em que o campo magnético do Sol se abre, permitindo que o vento de partículas que sopram constantemente do Sol escape mais facilmente – enviando, assim, uma rajada desse material através do Sistema Solar.
Essas regiões são mais frias e menos densas que o plasma ao redor, então, com a ajuda de equipamentos adequados com luz ultravioleta, elas podem ser vistas como grandes manchas escuras, semelhantes a “vácuos” na superfície do Sol. A atual distribuição dessas manchas dá a impressão de uma grande “boca gritante” sobre a estrela flamejante, com mais duas manchas semelhantes a olhos.
Cada um desses “pontos” parecidos com olhos tem aproximadamente o tamanho do planeta Júpiter. E todas as três regiões estão bombardeando o Sistema Solar com partículas e plasma.
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Apesar de parecer alarmante, a situação não oferece nenhum perigo. Buracos coronais são comuns e o vento forte que eles expelem pode até gerar tempestades geomagnéticas quando partículas colidem na magnetosfera da Terra, mas elas tendem a ser muito mais brandas.
“O próximo possível aumento de vento vem do buraco coronal no disco sul. No entanto, essa é uma informação de baixa confiança e provavelmente se trata apenas de uma interação fraca devido à sua localização ao sul, o que pode trazer um período posterior de ventos mais fortes”, declarou o Met Office britânico.
O Sol está passando, na atualidade, por um ciclo especialmente ativo, com casos erupções e atividade de ejeção de massa coronal. Dessa forma, é possível esperar novas surpresas derivadas desse astro, que estão sendo muito bem monitoradas pela comunidade científica global.