10/04/2025 - 15:15
O Zoológico da Filadélfia, nos Estados Unidos, foi berço de um nascimento histórico: uma tartaruga-das-galápagos teve filhotes pela primeira vez, aos 100 anos de idade.
Batizada de Mommy (mamãe, no inglês original), ela é de uma subespécie das tartarugas de Santa Cruz, em Galápagos, que – segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza – é considerada criticamente ameaçada. O animal chegou ao zoológico em 1932 e, em novembro de 2024, botou ovos pela primeira vez.
O acasalamento foi feito com uma tartaruga macho chamada Abrazzo, que compartilha da mesma idade secular de Mommy, e rendeu 16 ovos. O casal é a dupla de animais mais velhos do zoológico, e a espécie pode chegar aos 200 anos. Abarazzo, porém, já foi pai anteriormente, gerando cinco filhotes em 2011.
A instituição informou que o primeiro ovo teria eclodido no dia 27 de fevereiro e os demais filhotes nasceram nos dias posteriores, até 6 de março. Antes da chegada dos bebês, as tartarugas-das-galápagos somavam apenas 44 indivíduos espalhados em todos os zoológicos dos EUA. Por isso, o nascimento significou uma grande celebração e os filhotes devem ser expostos ao público no dia 23 deste mês.
Uma curiosidade é que, infelizmente, os filhos das tartarugas provavelmente nunca poderão dividir o mesmo espaço físico que seus pais. Isso porque os progenitores são muito pesados, com cerca de 130 e 180 quilos, e correm o risco de esmagar os filhotes.
Trata-se da quarta tentativa de acasalamento de Mommy e Abrazzo, apresentados em 2022. As anteriores não foram bem-sucedidas e as rodadas de ovos não renderam filhotes. Quando a empreitada deu certo, os cientistas incubaram os ovos em temperaturas diferentes, a fim de tentar garantir o nascimento de machos e fêmeas. Os filhotes nascidos neste anos são todos fêmeas, mas três ovos ainda seguem incubados.
Os bebês têm previsão de ficar cinco anos crescendo em cativeiro, com futuro ainda incerto. Se houver compatibilidade genética, podem ser direcionados para acasalar em outros zoológicos. A outra opção seria liberá-los nas Ilhas de Galápagos – o que poderia causar um desequilíbrio ecológico na região, com riscos de desastres naturais e doenças.