O famoso Telescópio James Webb (JWST), da Nasa, encontrou evidências de que buracos negros supermassivos podem estar suprimindo a formação de estrelas em diversas galáxias. A equipe de especialistas utilizou a Câmera de Infravermelho Próximo (NIRCam) para analisar 19 galáxias do conglomerado Spiderweb – um dos grupos galácticos mais estudados pelos astrônomos.

Os resultados revelaram que as aglomerações que possuem esses buracos negros  produzem estrelas a uma taxa muito mais lenta do que aquelas sem o fenômeno. “Existem muitas galáxias massivas no superaglomerado Spiderweb hospedando esses buracos negros. Isso faz do Spiderweb um laboratório ideal para investigar a relação entre os buracos negros e a formação de estrelas em detalhes”, explicou o professor associado de astronomia na Universidade Waseda no Japão e autor principal, Rhythm Shimakawa, ao site Space.com.

Anteriormente, os cientistas acreditavam que galáxias mais antigas produziam estrelas com menor rapidez, colocando seu envelhecimento como causa central. Porém as descobertas no Spiderweb explicam a razão de agrupamentos mais jovens já estarem gerando os astros lentamente. Agora, alguns astrônomos sugerem que, na medida que as estrelas crescem ao se fundirem, os buracos negros em seus centros também aumentam, impactando diretamente na multiplicação de estrelas.

Apesar das investigações no enorme grupo de astros serem inovadoras e apresentarem uma nova linha de estudo, Shimakawa ressaltou que ainda não há informações suficientes sobre essas interações para chegar a uma conclusão final.