Uma nova imagem em infravermelho de NGC 3603 (à esquerda) e NGC 3576 (à direita), duas nebulosas capturadas pelo VISTA (Visible and Infrared Survey Telescope for Astronomy) do Observatório Europeu do Sul (ESO), nos permite observar além da poeira dessas nebulosas, revelando vários detalhes que não veríamos em imagens ópticas.

As nebulosas NGC 3603 e NGC 3576 se encontram a uma distância de 22 mil e 9 mil anos-luz de nós, respectivamente. Dentro dessas nuvens estendidas de poeira e gás nascem novas estrelas, que gradualmente vão modificando a forma das nebulosas através da intensa radiação e dos fortes ventos de partículas carregadas. Graças à sua proximidade, os astrônomos têm a oportunidade de estudar o intenso processo de formação estelar que é comum em outras galáxias, mas que é difícil de observar devido às enormes distâncias entre a Terra e elas.

As duas nebulosas foram catalogadas por John Frederick William Herschel em 1834, durante uma viagem à África do Sul, onde o astrônomos queria compilar estrelas, nebulosas e outros objetos do céu do hemisfério sul. Esse catálogo foi depois expandido por John Louis Emil Dreyer, em 1888, no New General Catalogue (Novo Catálogo Geral), daí o identificador NGC nesses e em outros objetos astronômicos.