Um novo estudo publicado no Journal of Cosmology and Astroparticle Physics, no início de novembro, revela que o Telescópio James Webb identificou a existência de buracos negros supermassivos, criado há apenas centenas de milhões de anos após o Big Bang.

Os achados chegam a medir centenas de milhares a bilhões de vezes a massa do Sol e se desenvolveram mais rápido do que os modelos que os cientistas tinham até o momento. Normalmente, fenômenos desse tipo se formam a partir de estrelas massivas, mas a datação do surgimento dos buracos indicaria que as estrelas se formaram, morreram e se fundiram em uma taxa acelerada nunca vista antes.

Em 1970, Stephen Hawking já tinha teorizado que os buracos negros podem se originar diretamente das flutuações extremas de densidade apresentadas durante o Big Bang. Essas formações, inicialmente pequenas, teriam crescido ao longo do tempo pelo acúmulo de matéria, atingindo o tamanho inédito. A nova pesquisa sugere uma técnica de formação diferente da utilizada atualmente, por meio da evolução dos buracos negros primitivos, formados logo após a explosão.

Os pesquisadores indicam no estudo que a descoberta deve ser integrada às simulações de formação de estrelas e galáxias posteriores e já existentes. A nova abordagem pode testar a viabilidade de buracos negros menores crescerem junto com as primeiras estrelas e galáxias – se confirmada a teoria alteraria a compreensão que temos dos cosmos e sua evolução.

As investigações sobre as novos achados seguem acontecendo, por meio de estudos observacionais e computacionais, com a intenção de avaliar as hipóteses e confirmá-las.