Um alerta emitido pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) nessa quarta-feira, 9, indicou que uma tempestade geomagnética irá atingir os Estados Unidos, nesta quinta-feira, 10. O fenômeno ocorre em decorrência de uma grande explosão no centro do sol e deve durar aproximadamente 36 horas.

Fortes tempestades nesta categoria podem interromper comunicações de rádio e redes de energia e até mesmo danificar satélites em órbita, além de provocarem o aumento de auroras boreais.

Eventos desta magnitude não acontecem regularmente e são decorrentes de manchas solares que geram as explosões, carregando partículas em alta velocidade que chegam à Terra. A pesquisa prevê que ela chegará a categoria G4 – a segunda mais alta na escala do Serviço de Previsão do Clima Espacial (SWPC).

A principal complicação ligada ao fenômeno é a fragilidade das redes de comunicação, danificadas pelos recentes furacões que atingiram o país – Helene e Milton. “Se o campo magnético na ejeção for o mesmo da Terra, teremos um impacto inicial e um aprimoramento imediato na resposta geomagnética, mas provavelmente não atingiremos esses níveis severos ou potencialmente mais altos”, comentou o coordenador de serviços do SWPC, Shawn Dahl, em uma coletiva de imprensa na quarta-feira.

Como as partículas chegam em uma velocidade muito alta, o tempo de ação de preparo na Terra é curto. Dois satélites da NASA, o Explorador Avançado de Composição (ACE) e o Observatório Climático do Espaço Profundo (DSCOVR), emitem sinais que chegam entre 15 e 30 minutos antes do evento acontecer. As partículas estão correndo em uma velocidade de aproximadamente 4,3 milhões a 4,7 milhões de quilômetros por hora.

Não é a primeira vez que um fenômeno assim acontece este ano, o ocorrido em maio cortou a energia em algumas regiões e prejudicou os meios de comunicação rápidos.