O time de handebol feminino TuS Metzingen, da primeira divisão da liga de handebol da Alemanha, informou nesta quinta-feira (20/01) que suas jogadoras descobriram no início da semana duas câmeras escondidas de forma ilegal em seu vestiário.

A polícia abriu uma investigação e apontou como principal suspeito um funcionário do clube que trabalhava próximo das jogadoras, demitido após o caso vir à tona. A identidade do suspeito não foi divulgada.

Um porta-voz da polícia da cidade de Reutlingen, no sul da Alemanha, disse ao jornal Reutlingen General-Anzeiger que foram encontradas provas na posse do suspeito. Uma possível condenação por violação de direitos pessoais pode resultar em até dois anos de prisão.

“Este ato repugnante – e por uma pessoa de confiança – é chocante e afetou todos nós profundamente”, afirmou à revista Spiegel o diretor do clube, Ferenc Rott, que também se disse “impressionado” pela coesão das jogadoras e a sua decisão de manter uma partida contra o SG MMB Bietigheim ocorrida na quarta-feira.

As jogadoras também se manifestaram sobre o caso no Instagram, publicando uma foto do time e um comentário: “Não deixaremos nada nem ninguém nos derrotar. O handball feminino mantém-se unido e se defende de todos que ameaçam a nós e ao nosso esporte. Nossa coesão é mais forte que qualquer rivalidade, qualquer jogo e qualquer gol!”

A Liga de Handebol Feminino da Alemanha (HBF) afirmou em um comunicado ter ficado “chocada” com o caso e garantiu “apoio total” ao TuS. “Condenamos fortemente esse ato repreensível”, disse a organização. “Esse ato criminoso contradiz todos os valores que nós representamos.”

Um caso parecido na liga federal de handebol feminino alemã veio à tona na semana passada, quando o jornal Winsener Anzeiger reportou que câmaras escondidas haviam sido localizadas nos vestiários antes de uma partida entre os times HL Buchholz 08-Rosengarten e o SG BBM Bietigheim. O episódio foi confirmado pela polícia.

bl (ots)