Todos os japoneses podem ter o mesmo sobrenome daqui a 500 anos. Foi o que projetou um estudo feito no país. No ano 2531, o sobrenome Sato seria o único restante no país. Isso se o código civil vigente, ainda do século 19, não for reformulado.

Ele diz o seguinte: os japoneses devem usar apenas um nome próprio e um sobrenome. Quando se casam, eles têm que escolher entre o sobrenome do marido ou da esposa. Normalmente é a mulher que toma o sobrenome do parceiro.

Ou seja, o nome da família dela se perde na linhagem. Lembrando que o casamento entre pessoas do mesmo sexo não é permitido no Japão. Um país ainda de costumes muito tradicionais.

Se os casais não se casam no papel, isso afeta uma série de direitos, como os relativos a filhos, herança e impostos.

Pois bem, Sato já é o sobrenome mais comum no país, somando 1,5% da população. E o estudo mostrou que esse número vem aumentando.

Aí tem outro fator: a tendência atual de declínio demográfico. Os japoneses estão envelhecendo mais – e tendo menos filhos.

Levando em conta tudo isso, o que restará é uma “nação de Satos”. Os pedidos para reformular as leis de casamento têm crescido nos últimos anos.

Casais inclusive processaram o governo pelo direito de usar sobrenomes diferentes.