06/05/2019 - 13:55
Um antigo cemitério egípcio foi descoberto por arqueólogos do país no deserto de Gizé, perto das pirâmides de Giza. Dentre os achados estão sarcófagos de altos funcionários da família da Quinta Dinastia do Egito, que datam de 2.500 a.C.
Neste túmulo, há múmias de dois sacerdotes importantes da época: Behnui-Ka, que detinha sete títulos, incluindo os de padre e juiz; e Nwi, também conhecido como “chefe do grande estado” e “purificador” do faraó Khafre, que construiu a segunda das três pirâmides famosas de Giza e acredita-se que reinou por cerca de 25 anos.
Para o Ministério de Antiguidades do país, além da importância da descoberta em si, ela representa uma boa dose de esperança para o turismo em Giza, que foi atingido pela turbulência que se seguiu à Primavera Árabe de 2011. Principalmente porque o esperado Grande Museu Egípcio de Giza deve inaugurar em meados de 2020, com investimento de US$ 1 bilhão, e está voltado para exibir e restaurar algumas das relíquias mais preciosas do país.
Outras partes do local foram usadas mais extensivamente por volta do século 7 a.C. (a reutilização de túmulos era frequente no antigo Egito), conhecido como período tardio. Diversos caixões de madeira que datam dessa época foram encontrados, vários deles com decorações elaboradas de cores brilhantes. Alguns dos caixões também apresentam hieróglifos e perto deles foram encontrados máscaras de madeira e de argila, a maior parte das peças está em bom estado de conservação.