29/10/2022 - 19:12
Mais de 140 pessoas morreram e outras 150 ficaram feridas em aglomeração em bairro boêmio da capital sul-coreana. Maioria das vítimas era de jovens na casa dos 20 anos, entre os quais, muitas mulheres.Ao menos 146 pessoas morreram durante tumulto em uma festa popular de Halloween no distrito de Itaewon, em Seul, neste sábado (29/10). Outras 150 pessoas ficaram feridas, em meio à enorme multidão que compareceu ao evento.
“O alto número de vítimas resultou do fato de que muitos foram pisoteados durante o evento de Halloween”, disse um representante do Corpo de Bombeiros da capital sul-coreana.
A maioria das vítimas era de jovens na casa dos vinte anos, incluindo muitas mulheres. Muitos dos feridos estavam em estado grave.
Era a primeira festa de Halloween na cidade em três anos, após a remoção das restrições impostas durante a pandemia de covid-19, há poucos meses.
Testemunhas relatam que a multidão agia de maneira cada vez mais indisciplinada e agitada, com o passar da noite. O incidente ocorreu às 22h20, no horário local.
Calcula-se que 100 mil pessoas tenham comparecido ao bairro boêmio de Itaewon, bastante popular entre os jovens e estrangeiros, com dezenas de bares e restaurantes que costumam ficar lotados nos finais de semana e datas comemorativas.
Os relatos das testemunhas descrevem cenas caóticas, com pessoas sendo pisoteadas enquanto a polícia enfrentava dificuldades para controlar a multidão, que era dez vezes maior do que o normal. Grande parte das mortes ocorreu nas proximidades de uma casa noturna.
Vídeos postados nas redes sociais mostram centenas de pessoas apertadas em becos inclinados, sem conseguirem se mover, enquanto policiais tentavam tirá-las do local.
Um necrotério improvisado foi instalado em um edifício próximo ao local da tragédia. Dali, dezenas de corpos foram levados até instalações do governo para serem identificados.
O presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol pediu, em comunicado, que as autoridades facilitem tratamento rápido para os feridos e reforcem a segurança na região. Ele ordenou que o Ministério da Saúde enviasse rapidamente equipes de assistência médica e garantisse vagas em hospitais próximos para os feridos.
rc (Reuters, AP)