Presidente ucraniano fala de “genocídio”. Russos entram na 2ª maior da Ucrânia. Ataques de mísseis atingem depósito de petróleo e gasoduto. Bancos russos excluídos do sistema Swift. Acompanhe as últimas notícias.
Forças russas entram em Kharkiv
Ataques russos atingem instalações de energia na Ucrânia
Aliados ocidentais vão excluir bancos russos do sistema Swift
Alemanha enviará armas pesadas à Ucrânia

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07:30 – Grande manifestação programada para Berlim

Uma aliança de sindicatos, Igrejas, organizações ambientais, iniciativas e grupos pela paz programou uma grande manifestação contra o ataque da Rússia de Vladimir Putin à Ucrânia. Os organizadores contam com até 20 mil participantes.

Sob o lema “Chega de guerra. Paz para a Ucrânia e toda a Europa”, o evento começa às 13h00 (09h00 em Brasília) deste domingo, na Coluna da Vitória (Siegessäule), localizada na avenida Strasse des 17. Juni, no centro da capital alemã.

Na véspera, a invasão russa já motivara uma série de manifestações antibélicas em cidades ao redor do mundo. Milhares se reuniram em Londres, Berlim, Frankfurt, Atenas, Helsinque, Genebra, Sydney e muitas outras cidades, com muitos manifestantes erguendo as cores da bandeira ucraniana e cartazes denunciando as hostilidades da Rússia.

06:30 – Presidente Zelenski saúda “coalizão internacional” pró-Ucrânia

O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, saudou a formação de uma “coalizão internacional” de países fornecedores de ajuda à Ucrânia, neste domingo, quarto dia da invasão russa de seu país. “Nós recebemos armas, medicamentos, alimentos, combustível, dinheiro. Uma coalizão internacional forte formou-se para apoiar a Ucrânia, uma coalizão anti-guerra”, disse em vídeo difundido nas redes sociais, citado pela agência France-Presse (AFP).

Zelenski saudou concretamente o envio de armas pela Alemanha e Bélgica, bem como o acordo europeu para a exclusão de bancos russos da plataforma internacional de pagamentos Swift, engrenagem essencial das finanças mundiais. O chefe de Estado agradeceu ainda particularmente a seu homólogo polonês, Andrzej Duda, por seus esforços pela integração da Ucrânia à União Europeia. Denunciando as “ações criminosas” da Rússia contra a Ucrânia, Zelenski lhes atribuiu “as características de um genocídio” e exortou a comunidade internacional a privar Moscou do seu direito de voto no Conselho de Segurança da ONU.

04:00 – Tropas russas entram em Kharkiv

Após uma noite de bombardeios, tropas russas entraram na segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, perto da fronteira nordeste com a Rússia, informaram autoridades do governo local.

Anton Herashchenko, assessor do Ministério do Interior ucraniano, escreveu no Telegram que soldados russos foram vistos nas ruas da cidade.

O governador regional, Oleh Sinegubov, pediu que os moradores fiquem em casa, afirmando que as forças ucranianas estão lutando contra as tropas russas na cidade. “Os veículos leves do inimigo russo invadiram Kharkiv, incluindo o centro da cidade”, disse Sinegubov. “Pedimos aos civis que não saiam.”

As forças russas também disseram nas primeiras horas deste domingo que colocaram as cidades de Kherson, no sul, e Berdyansk, no sudeste, sob cerco.

“Nas últimas 24 horas, as cidades de Kherson e Berdyansk foram completamente bloqueadas pelas forças armadas russas”, disse o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, em comunicado.

02:30 – Ucrânia sob forte bombardeio

A autoridade nuclear da Ucrânia afirmou que um depósito de lixo radioativo fora de Kiev foi atingido por mísseis russos durante a noite. Por enquanto não há evidência de um vazamento radioativo, segundo o órgão. “O golpe foi na cerca. O prédio e os contêineres estão intactos.” Assim que o local estiver seguro, inspetores deverão avaliar adequadamente os danos.

As forças russas atacaram várias cidades durante a noite. Na cidade de Vasylkiv, nos arredores de Kiev, o bombardeio incendiou um depósito de petróleo. “O inimigo quer destruir tudo”, disse a prefeita da cidade, Natalia Balasinovich, em postagem nas rede sociais.

As autoridades alertaram os moradores para fecharem as janelas, porque o depósito em chamas estaria emitindo fumaça e gases tóxicos.

O Serviço de Comunicações Especiais do país disse que um gasoduto de gás natural também foi explodido em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia.

O Serviço de Emergência ucraniano disse que um prédio residencial de nove andares na cidade foi atingido por “artilharia inimiga”. Uma pessoa morreu e outras 80 tiveram que ser resgatadas. A maioria dos moradores do prédio estava abrigada no porão.

01:25 – Trump volta atrás e condena invasão russa

Numa mudança de postura, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump condenou a invasão da Ucrânia pela Rússia. Ele chamou o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, de “um homem corajoso” e o elogiou por “aguentar firme”.

“O ataque russo à Ucrânia é terrível, um ultraje e uma atrocidade que nunca deveria ter ocorrido”, afirmou Trump, acrescentando que a guerra nunca teria acontecido se ele fosse presidente.

As observações contrastam fortemente com suas palavras no início da semana, quando ele chamou o presidente russo, Vladimir Putin, de “gênio” e disse que seus movimentos foram “muito inteligentes”.

00:33 – Macron pede que Belarus expulse russos

O presidente da França, Emmanuel Macron, instou seu homólogo belarusso, Alexander Lukashenko, a ordenar que as tropas russas deixem seu país. Em telefonema, Macron frisou que a fraternidade entre os povos de Belarus e Ucrânia deve levar o governo belarusso a “se recusar a ser vassalo e cúmplice da Rússia na guerra contra a Ucrânia”, afirmou o gabinete do líder francês.

A Rússia usou o território belarusso como trampolim para parte de seu ataque à Ucrânia. Neste sábado, a líder oposicionista belarussa Svetlana Tsikhanouskaya expressou solidariedade a Kiev, afirmando à DW que a maioria dos cidadãos de seu país “não apoia esta guerra”.