Você já deve ter ouvido falar dos astronautas da Nasa que estão “presos” no espaço desde junho. Graças a problemas técnicos, a estadia de Barry Wilmore e Sunita Williams na Estação Espacial Internacional, prevista para durar oito dias, agora pode chegar a oito meses.

Já parou para pensar no impacto disso na saúde deles? As agências espaciais já – tanto é que elas têm departamentos inteiros dedicados a estudar os efeitos do espaço no corpo humano.

Segundo especialistas, o maior problema é a exposição prolongada à radiação espacial, que é muito prejudicial ao DNA, aumentando o risco de câncer e de estresse oxidativo – o que pode levar a problemas como envelhecimento precoce e doenças cardiovasculares.

Outra questão é a microgravidade, que pode causar desmineralização óssea. A densidade óssea de um astronauta cai cerca de 1% a 1,5% a cada mês passado no espaço.

As alterações nos níveis de minerais também podem acontecer em outras partes do corpo, causando problemas como cálculos renais.

E tem mais. Também podem ocorrer alterações permanentes na visão por conta do aumento da pressão ocular causado pelo deslocamento dos fluidos do corpo para a cabeça.

Isso porque estamos citando só a saúde física. Sorte que a terapia da dupla está em dia. Wilmore e Williams passaram os últimos dois meses envolvidos em trabalhos científicos e de apoio com outros astronautas que já estão na Estação Espacial Internacional há mais tempo – de seis meses a pouco mais de um ano.

E você? Aguentaria ficar confinado tanto tempo com seus colegas de trabalho literalmente sem ter para onde fugir?