29/03/2019 - 13:22
Estreou no zoológico de Gdańsk, na Polônia, um filhote albino de pinguim-africano nascido em cativeiro. O caso é extremamente raro. Em 2002, foi a última vez que se viu um pinguim albino, nascido no zoológico de Bristol, que ganhou o nome de Snowdrop, mas morreu com pouquíssimo tempo de vida. Na natureza, pinguins totalmente brancos quase nunca foram vistos. O último tipo raro visto na Antártida, em 2012, numa colônia de penguins-de-barbicha, tinha outra mutação genética que o deixou “loiro”.
O albinismo ocorre na ausência da melanina, o pigmento que dá cor ao cabelo, à pele e à íris das pessoas e dos animais. Essa pigmentação também tem o papel de proteger os seres dos efeitos da luz solar, como lesões na pele e nos olhos. Na natureza, é provável que um pinguim “sem smoking” seja rejeitado por outros da sua espécie por ter menos chance de sobrevivência. Mas, no caso deste filhote, sua mutação genética foi motivo para que ele recebesse cuidados veterinários desde a eclosão do ovo, em meados de dezembro.
Para o zoológico de Gdańsk, esse novo “amigo descolorido” é um presságio de sucesso no futuro. “É por isso que mantemos os dedos cruzados para o nosso pinguim, dando-lhe um cuidado especial”, disse a instituição em seu blog. Os pinguins só ganham os pelos escuros que formam o smoking depois da primeira muda adulta. Como esse filhote não deverá ganhar seu smoking, é provável que seja considerado “jovem” para sempre pelos outros pinguins, não importando quantos anos ele tenha.
Os pinguins-africanos vivem apenas numa pequena área ao longo da costa da África Austral, mas a sua sobrevivência está ameaçada por uma série de pressões externas, incluindo perfuração de petróleo e gás, mudança no seu habitat devido o aquecimento global e diminuição do fornecimento de alimentos devido à sobrepesca. Calcula-se que 50.000 indivíduos maduros vivam em estado selvagem. Mas esse número está diminuindo, de acordo com a última estimativa conduzida pela Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN.